quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Reforma Agrária

 Com a maior extensão de terras cultiváveis do planeta, o Brasil consumiu, nos últimos anos, preciosas divisas com a importação de alimentos de qualidade duvidosa. Isso demonstra que a nossa estrutura agrária precisa ser modificada.
De um lado, milhões de hectares de terra improdutivos ou subexplorados; de outro, milhões de camponeses marginalizados porque não tem um pedaço de terra para plantar. A reforma agrária viria resolver ambos os problemas. Aumentaríamos e diversificaríamos a produção de alimentos, afastando definitivamente a ameaça da fome, que hoje atinge milhões de brasileiros, e poderíamos gerar excedentes exportáveis que se transformariam em preciosas divisas. Além disso, estaríamos entregando à sociedade brasileira uma multidão de camponeses que se tornariam produtivos e passariam a viver com dignidade.
Não há outro caminho. O país não pode continuar convivendo com uma estrutura agrária quase medieval decorrendo da distribuição de sesmarias. A terra é um bem comum, por isso o direito de prioridade em relação a ela deve estar subordinado ao interesse maior da grande coletividade brasileira.
A reforma agrária virá e será um passo decisivo no rumo histórico de nossa maturidade como nação. O Brasil precisa dela e anseia por ela.

O Controle da Natalidade


   Até recentemente, a preocupação dominante na maioria das nações era estimular os nascimentos, afim de ocupar grandes vazios territoriais e assegurar o seu domínio político. Hoje com a exploração demográfica, somos forçados a rever essa tendência e controlar os nascimentos.
Não podemos mais permanecer omissos diante da possibilidade de uma tragédia próxima. As previsões de aumento da população mundial são alarmantes. Tudo indica que dentro de alguns anos ela simplesmente dobrará, enquanto as previsões de aumentar a produção de alimentos são modestíssimas. Ora, a fome não é apenas uma ameaça. A fome é uma realidade que já atinge hoje uma parte considerável da humanidade. Todas as estatísticas apontam para o agravamento dessas situações.
Setores religiosos, em todo o mundo reagem diante da tese de controle da natalidade por meios artificiais, alegando que a solução ideal seria aumentar a produção de alimentos em vez de limitar o índice de nascimentos. Ora, é mais fácil dizer isso do que fazer. O aumento da produção de alimentos depende de insumos e maquinário, hoje comercializados a preços proibitivos e de sementes, atualmente monopolizadas por empresas multinacionais, além da natural imprevisibilidade das condições climáticas, frequentemente adversas .
Não se pode mais adiar a solução. Estamos caminhando para o abismo, mas ainda podemos prevenir a catástrofe. Planejar o futuro é a única maneira de assegurar que o teremos.