quarta-feira, 7 de julho de 2010

Facetas "quase" cisplatinas & lapsos de imortalidade

Após uma vitória da seleção uruguaia nos pênaltis num jogo histórico contra o selecionado de Gana, se falou muito em imortalidade, todos sabem que esse ápodo de imortal nos remete a um outro clube também azul celeste da cidade de Porto Alegre, que também é muito parecida com Montevideo, esse termo imortal já fazia parte da história do Grêmio Foot-Ball Portoalegrense desde 1903, mas tomou mais força quando o compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues colocou no hino do cinquentenário do clube. No entanto, com as mesmas cores, com a garra Charrúa que lhes é comum, o Uruguay viveu um momento mágico nesta Copa do Mundo, recheada de surpresas.
No dia 14 de novembro de 2009, o Uruguay venceu a Costa Rica, de visitante por 1-0 com um gol do zagueiro Lugano aos 21 minutos do primeiro tempo, Uruguay e Costa Rica voltaram a se enfrentar quatro dias depois agora no colossal estádio Centenário com 55 mil espectadores, o Uruguay voltou a abrir o marcador com "El Loco" Abreu aos 29 minutos do segundo tempo, mas quatro minutos depois sofreu o empate do costarriquenho Centeno, o Uruguay estava classificado para a Copa do Mundo de 2010, á ser realizada na África do Sul.
No dia 4 de dezembro foram sorteados os grupos da Copa do Mundo, o Uruguay se encontrava diante de três seleções fortes, uma era a poderosa França de Ribéry, o México de Rafa Marques e a anfitriã África do Sul de um povo sofrido e com uma alegria contagiante. A parada era dura, mas o Uruguay conseguiu, se classificou em primeiro lugar no grupo, com uma estréia de muita pegada mas sem gols contra os franceses em Capetown, golearam os anfitriões Bafana Bafana por 3-0 em Pretória e depois triunfou contra o México em Rustenburg com um gol marcado pela sensação da Copa, o atacante Súarez.
Esse time alviceleste, tranpira o sangue cisplatino, comum ao Grêmio; mas o que mais essas duas equipes têm em comum, além do sangue cisplatino, da garra e da raça Charrúa, das cores e de uma história de fracassos e logo em seguida conquistas além do heróico, com a tão mencionada por eles, Imortalidade.
O "imortal" Uruguay, têm no seu currículo a conquista da primeira Copa do Mundo de seleções que foi realizada em seu próprio território, o Grêmio foi o primeiro clube do sul do país a conquistar o campeonato Mundial de Clubes, o  Uruguay carrega em sua alma, a maior glória, talvez de todas as copas, calar, tapar com uma rajada de suor e sangue, a boca de 200 mil pessoas, que deliravam e tinha a certeza de que ali estaria o Brasil campeão mundial em casa em 1950. A certeza, essa que não existe dentro do futebol.
o Grêmio por si, empilhou conquistas copeiras, contra clubes financeiramente muito mais poderosos dentro e fora do cenário nacional, o Grêmio tem uma aúrea diferenciada, assim como o Uruguay, o futebol escolheu bem. O Futebol dá a aúrea para os clubes desde sua fundação, mas isso é uma história pra outra oportunidade.
O que mais há de comum entre esses dois? Pois eu lhes digo, apesar de falarem em imortalidade, em grandes conquistas, em fazer coisas impossíveis realidade, eu lhes digo aqui e agora, a síndrome do quase.
O Grêmio, bem ou mal, nos deixa com sede de títulos há nove anos, em 2004, rebaixado, em 2005 campeão da Série B do campeonato brasileiro, de forma heróica, histórica, bem como o Uruguay contra Gana, em 2006 foi o heróico campeão Gaúcho pra cima do melhor time das américas e do mundo daquele mesmo ano, o Uruguay, quase não jogou essa copa, mas quando jogou, jogou pra valer, o Grêmio e sua síndrome do quase, quase foi campeão brasileiro em 2006, quase foi campeão da Libertadores em 2007, quase foi campeão brasileiro em 2008, quase foi campeão da Libertadores de 2009, quase conquistou a o Pentacampeonato da Copa do Brasil de 2010. foram "quases" com lapsos de Imortalidade, lapsos, não a imortalidade que pairava todo o tempo sobre nossas cabeças gremistas desde sempre, mas agora são apenas lapsos de imortalidade, lapsos como o dos Aflitos, como o contra o Santos este ano, como contra o Internacional em 2006, são apenas lapsos. O "quase", esse sim, paira sobre nossas cabeças.
O Uruguay de Forlán, Súarez e Cia., ests sim, quase conquistou o mundo outra vez, o mundo numa taça de ouro, porque o mundo verdadeiramente foi conquistado pelos gols e pelas mão de Súarez, pela habilidade e inteligência de Forlán, pela raça e pela paixão insandecida no rosto de Lugano, pelo esforço de Fucile e de Cavani. o Uruguay não precisou da taça para conquistar o mundo, portanto.

PARABÉNS URUGUAY! Congratulações pelo QUASE!

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